Na blockchain, sempre tem algo interessante acontecendo. Veja o que você precisa saber esta semana:

Bitcoin

R$ 464.166,76

󰍾

3,28%

Ethereum

R$ 15.859,75

󰍾

5,06%

Tether

R$ 5,42

󰍾

0,02%

BNB

R$ 4.586,89

󰍾

4,09%

XRP

R$ 10,21

󰍾

5,25%

USDC

R$ 5,42

󰍲

0,00%

Veja os preços mais recentes

BYTES DO MERCADO

Após pior dia desde março, mercados de cripto recuperam terreno

A turbulenta jornada do mercado de criptomoedas no quarto trimestre continuou esta semana, com o BTC em seu pior dia desde março na segunda-feira, seguido por uma recuperação considerável para a maioria dos principais tokens na terça-feira. A reviravolta foi tão repentina que uma manchete da CNBC questionou: “O inverno das criptomoedas acabou ou está apenas começando?”

Na terça-feira, o BTC subiu quase 7% no dia, ultrapassando US$ 92 mil; o ETH subiu mais de 8%, ultrapassando US$ 3.000; e vários outros tokens também tiveram altas. Na tarde do dia seguinte, as cotações continuavam próximas desses níveis.

Ao longo da última semana, os principais ETFs de cripto também se recuperaram, captando cerca de US$ 1 bilhão em novo capital, de acordo com o último relatório da CoinShares. 

O que impulsionou os mercados na terça-feira e o que pode acontecer a seguir, na opinião dos analistas? Veja o que você precisa saber… 

Por que as cotações começaram a repicar na terça-feira?

Há pouco menos de dois meses, o BTC estava comemorando uma nova máxima histórica acima de US$ 126 mil e uma capitalização de mercado total de cerca de US$ 4,4 trilhões. Nas semanas que se seguiram, os preços oscilaram drasticamente e o mercado de cripto perdeu mais de um trilhão de dólares em valor. 

Na segunda-feira, outra queda acentuada levou alguns observadores do mercado a se perguntarem se um prolongado “inverno das criptos” estaria se instalando. Aí, logo no dia seguinte, as cotações repicaram fortemente.

Diversos fatores contribuíram para a recuperação, incluindo a retomada dos fluxos de investimento em ETFs de criptomoedas, a notícia de que a Vanguard permitirá ETFs de criptomoedas em sua plataforma, uma grande atualização para a rede Ethereum (mais detalhes abaixo) e o aumento do otimismo de que o Fed continuará a cortar as taxas de juro na reunião da próxima semana.  

Gigante da gestão de ativos Vanguard abre acesso a ETFs de cripto

Um dos principais fatores por trás das altas históricas das criptomoedas nos últimos anos foi o avanço de fundos negociados em bolsa (ETFs) que compram BTC, ETH e outros tokens e vendem cotas nos mercados de ações convencionais. 

Mas até esta semana, a Vanguard Group, segunda maior gestora de ativos do mundo depois da BlackRock, não permitia a negociação de ETFs de criptomoedas em sua plataforma. 

“A demanda persistente, tanto de clientes de varejo quanto institucionais, foi o que motivou a guinada na Vanguard”, relata a Bloomberg. “A mudança de postura da Vanguard, que vem após um relatório no final de setembro indicando que a empresa estaria avaliando esta possibilidade, abre o acesso para mais de 50 milhões de clientes da corretora, que juntos administram mais de US$ 11 trilhões.”

Em uma notícia relacionada, o Bank of America está oferecendo acesso a diversos fundos de criptomoedas para seus clientes de gestão de patrimônio, sugerindo uma alocação de um a quatro por cento.

ATUALIZAÇÃO DO ETH

Tudo que você precisa saber sobre a atualização Fusaka do Ethereum

Assim como o restante do mercado de cripto, o ETH vem enfrentando dificuldades desde o início de outubro. A cotação atual representa uma baixa de mais de 40% em relação à máxima registrada naquele mês. 

Mas os investidores estão de olho em um evento que, segundo alguns, pode começar a mudar o cenário: a nova atualização “Fusaka” do Ethereum, prevista para entrar em vigor na tarde de quarta-feira (no momento desta publicação).

O evento foi anunciado como um grande avanço para o desempenho futuro da rede, levando alguns analistas a sugerir que ele poderia contribuir para uma recuperação do preço do ETH.

Veja o que você precisa saber. 

O que é a atualização Fusaka?

A Fusaka é, na verdade, uma combinação de duas atualizações distintas (Fulu e Osaka), e seu principal objetivo é aumentar a eficiência do Ethereum no processamento de grandes lotes de transações provindas de redes de “rollup” de segunda camada (L2), como Base e Arbitrum. 

Revisão rápida: as redes L2 são blockchains construídas sobre a rede principal do Ethereum, que permitem transações mais rápidas e baratas. Elas podem ser vistas como uma espécie de “faixa de ônibus”, em que várias transações de L2 são agrupadas e enviadas para a blockchain principal do Ethereum, em um processo chamado de “rollup”.  

A atualização consiste em 12 alterações de código destinadas a agilizar e baratear ainda mais o uso de redes de rollup de L2, o que deve facilitar o aumento de escala de toda a rede Ethereum.  

As melhorias incluem a introdução de um piso de preço da taxa de gás para o registro de dados relacionados a transações de segunda camada; a introdução do “Danksharding”, que aumenta a capacidade do Ethereum de processar dados de transação; e melhorias de experiência de uso para que os usuários possam assinar transações com mais facilidade.

“A principal vantagem da Fusaka é que ela abre muito mais espaço para as rollups”, afirmou Dankrad Feist, co-líder da equipe de arquitetura de protocolo da Fundação Ethereum. “Elas terão muito mais capacidade de expansão a partir disso e poderão oferecer muito mais capacidade aos usuários. Consequentemente, os custos de transação diminuirão.”

Qual a importância da Fusaka?

A atualização Fusaka é o segundo grande upgrade do ETH em 2025 e a 17ª grande atualização do protocolo ao longo de sua década de existência. 

Em termos de importância, a Fusaka poderia rivalizar com “The Merge”, a atualização de 2022 que possibilitou o staking de ETH, diz Feist. Já de acordo com uma análise recente do portal Decrypt, a nova atualização representa uma reformulação completa de como o Ethereum gerencia a disponibilidade de dados, os preços do gás e a segurança da rede.

A introdução do danksharding, por exemplo, significa que, em vez de a blockchain do Ethereum ter que baixar todos os dados de transação que recebe das redes de segunda camada, apenas um oitavo desses dados precisará ser verificado para confirmar uma operação. Isso acelera o processamento, reduz as taxas e, teoricamente, multiplica por oito a capacidade de processamento de dados do ETH. 

O que a Fusaka pode significar para o futuro do ETH?

De acordo com um relatório recente da Fidelity Digital Assets, a atualização Fusaka representa um passo importante para a Fundação Ethereum em termos de como o roteiro da blockchain é executado.

Ao invés de priorizar objetivos amplos como outras atualizações da rede, a Fusaka tem um foco mais estrito: escalabilidade, usabilidade e sustentabilidade econômica. A definição de um preço mínimo para as taxas de gás, por exemplo, ajuda a gerar uma receita consistente para a blockchain, mesmo em períodos de baixa demanda, ajudando a garantir a estabilidade econômica da rede. 

“A atualização Fusaka demonstra que o protocolo está otimizando seus produtos, consolidando seu poder de precificação e alinhando incentivos entre os stakeholders”, afirma o relatório. “Para os investidores, esta é provavelmente a atualização mais atraente dos últimos anos e, potencialmente, o início de uma nova era para o ETH como ativo gerador de fluxo de caixa e economicamente sustentável.”

Qual o possível efeito da Fusaka no preço do ETH?

Após a atualização Pectra em maio desse ano, o ETH teve uma valorização de 40% em apenas três dias. Mas, com os contratempos ainda observados no mercado de criptomoedas mais amplo, não está claro se a Fusaka será suficiente para reverter a tendência de preço do ETH. 

Ainda assim, a Bitmine Immersion Technologies, empresa com tesouraria em ETH dirigida por Tom Lee, comprou 96.798 ETH na semana passada, citando a atualização Fusaka como parte da justificativa para o timing da compra.

Matt Hougan, CIO da Bitwise, também está otimista quanto aos potenciais efeitos do novo upgrade da rede, dada a forma como ele permite que o Ethereum capture uma proporção maior da receita gerada pelas transações em redes L2. “Suspeito que o mercado logo começará a se orientar em torno dos impactos positivos da Fusaka, especialmente se a implementação for realizada em 3 de dezembro, conforme previsto”, disse Hougan. “É um catalisador subestimado e uma das razões pelas quais o ETH pode liderar a recuperação das criptomoedas.”

NÚMEROS EM DESTAQUE

US$ 11 bilhões

Avaliação da plataforma de mercado de previsões Kalshi após garantir uma nova rodada de financiamento de US$ 1 bilhão. No último trimestre, a Kalshi ultrapassou a Polymarket em volume de apostas, atingindo US$ 4,47 bilhões (contra US$ 3,5 bilhões da rival). 

US$ 1 bilhão

Capitalização de mercado que a stablecoin da Ripple, o RLUSD, ultrapassou na semana passada, menos de um ano após o seu lançamento. O RLUSD é agora a 10ª maior stablecoin em valor de mercado, e cerca de 80% de sua oferta está concentrada no Ethereum. 

114 milhões

Número de usuários relatado pela plataforma de pagamentos parcelados Klarna. A empresa anunciou nesta semana que lançará uma stablecoin, chamada KlarnaUSD, executada na Tempo, blockchain focada em pagamentos que está sendo desenvolvida pela Stripe.

US$ 1,28 milhão

O tamanho da posição que a empresa de investimentos Cantor Fitzgerald abriu na Solana, por meio de produtos ETF, de acordo com registros recentes. De acordo com analistas, a posição evidencia que as gestoras de ativos estão avaliando o apetite dos investidores por produtos de outros criptoativos além de BTC e ETH.

CRIPTOCURIOSIDADES

Quando o Ethereum foi originalmente lançado?

Veja a resposta abaixo.

Resposta da pergunta